As percepções que temos dos outros são sempre um reflexo de nós mesmos.
E é por isso que relacionamentos vão funcionar como espelhos, mostrando sempre um pouco de você. Basta ter olhos para ver!
A realidade é sempre mediada pela subjetividade, fantasia e vida interior de cada um. Essas são as lentes pelas quais enxergamos qualquer coisa no universo. E é por isso que ninguém vai enxergar uma mesma coisa da mesmíssima forma.
Aquilo que você percebe em mim vai dizer muito sobre você, e o oposto também é verdadeiro. Para onde você escolhe direcionar seu olhar, os motivos pelos quais esse conteúdo/sujeito lhe chama ou lhe provoca de alguma forma. Tudo isso diz mais sobre você do que sobre o objeto que está sob a sua análise, seja ela de enamoramento e/ou crítica.
Alguns trechos de nossas vidas afetivas – no sentido de tudo aquilo que nos afetou durante a nossa existência – já não podem mais ser evocados na nossa memória, mas de tão marcantes, continuam sendo revividos de maneira inconsciente a cada nova pessoa que entra em nosso caminho.
Tomar consciência disso é o primeiro passo para se libertar da repetição e da prisão de projetar no outro conteúdos que tem a ver unicamente com a nossa própria história.
Acordar para essa noção é uma chave para a compaixão nos relacionamentos, pois entendemos que o outro também pode estar projetando inconscientemente em você. Isso alivia as tensões e nos leva para novos níveis onde o amor pode preponderar.
Pergunte-se (e, de preferência, escreva a sua resposta): O quanto de mim vejo refletido no outro? O que ele tem – ou não – que eu gostaria de ter? Que falta nele me incomoda? Que virtude nele me afeta?
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🎨: Madalena penitente (detalhe), Domenico Tintoretto.
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