No processo de autoconhecimento, devemos ficar atentos às fontes que nos nutrem: pensamentos, leituras, conversas, companhias etc.
Tudo o que nos afeta interage com a nossa linguagem e também a constitui. E justamente por isso, nada é inofensivo ao mesmo tempo que pode ser matéria de edificação.
Quando menos percebemos, agregamos fragmentos dessas fontes ao mosaico que constitui o nosso eu e a nossa subjetividade.
Da ambivalência, erguemos o nosso mundo. Mediado, ao mesmo tempo que edificado, pela linguagem.
Como o linguista francês Émile Benveniste já observou: “É na linguagem e pela linguagem que o homem se constitui como sujeito; porque só a linguagem fundamenta na realidade, na sua realidade que é a do ser, o conceito de ego”.
Vale a pergunta:: qual foi a última vez que você aprendeu uma palavra nova?
A nossa linguagem é enriquecida pelas palavras que estão no nosso dicionário de vida.
É por meio delas que nos comunicamos e desenvolvemos nossa relação com o outro e com o mundo. E é também por meio das palavras que melhor entendemos a nós mesmos e aos nossos sentimentos.
A capacidade de colocar em palavras algo que, primitivamente, só caberia à ação, teve papel fundante de toda a nossa sociedade.
Sigmund Freud, pai da Psicanálise, escreveu: “o primeiro homem a desfechar contra seu inimigo um insulto, em vez de uma lança, foi o fundador da civilização. Portanto, as palavras são substitutas da ação e, em alguns casos, (por exemplo, na confissão) as únicas”.
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O filósofo Sri Ram dizia que a evolução nada mais é do que a depuração do gosto.
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Portanto, é importante ampliar o seu mundo com palavras novas, que são outras possibilidades de depuração. Leia livros, revistas, quadrinhos, dicionários etimológicos – e perceba como cada vocábulo novo ancora significados e significantes.
Então, para avaliarmos como e com o que estamos nos construindo, estas reflexões são sempre necessárias:
Ultimamente, quais materiais você tem utilizado para se construir?
Como é a qualidade deles?
E como eles têm te moldado e te mudado?
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