Arte: Yassin Doukhane/ Pexels
“Basta desejar para criar”, “Basta fazer para acontecer”, “O que falta é uma dose de esforço a mais”. Será mesmo que você tem controle sobre tudo, o tempo todo?
Essas frases de efeito permeiam a nossa vivência no mundo digital – e também no mundo físico. Podem nos dar ânimo ou nos dar ânsia - depende do estado em que estamos.
Elas escondem um engodo, uma espécie de armadilha, em que se joga toda a responsabilidade da realização das coisas em nossas costas.
Essas afirmações suprimem fatores completamente fora do nosso controle: o externo – que é muito maior em relação a nós.
Se vai chover ou se vai fazer sol, ou mesmo o comportamento das pessoas, essas e muitas outras circunstâncias independem de nós. Não estão em nossas mãos.
Até mesmo numa conversa, por exemplo, a construção de sentido passa também pela perspectiva do outro, que não está no seu controle. O psicanalista francês Jacques Lacan certa vez falou: "Você pode saber o que disse, mas nunca o que o outro escutou".
É claro que também devemos reconhecer essas causas estruturantes e que condicionam algumas de nossas ações.
Porém, o que está a nível individual – isso, sim! – depende de nós.
Tem coisas que não estão em nossas mãos mesmo e é preciso relaxar. Para todas as outras, autoconhecimento ajuda. Quando nos conhecemos de verdade, e reconhecemos as nossas limitações e qualidades, também criamos o poder de escolher o modo como vamos encarar tudo que vem do externo, incluindo o acaso e o incerto.
Esse é o leque de elementos que podemos mudar e usar como ferramentas para o nosso desenvolvimento.
Se não podemos controlar o que vem de fora, pelo menos podemos conduzir a nós mesmos.
A sua mente é a fábrica mais importante para focar a atenção.
É a partir dela que fabricamos alguns dos labirintos em que ficamos presos, numa espécie de repetição das mesmas situações ao longo da vida, mas também é a nossa mente que nos norteia e nos salva em meio às tempestades.
“Quando a situação for boa, desfrute-a.
Quando a situação for ruim, transforme-a.
Quando a situação não puder ser transformada, transforme-se”.
Viktor Frankl
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