Quando você fratura a perna, por exemplo, o profissional de saúde que estiver cuidando da sua recuperação dirá que a fratura foi causada por um trauma, aplicação de força externa que causou uma lesão.
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No seu campo psíquico acontece a mesma coisa, acontecimentos podem atingir o psiquismo de um sujeito, o desestabilizando e ocasionando comportamentos posteriores inspirados nessa primeira vivência. Essa foi a definição de trauma por Freud e Breuer.
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Acontece que quando o assunto é a nossa consciência, esses traumas têm pesos subjetivos. O que causa trauma em uma pessoa, não causa em outra.
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Nem sempre o trauma vai decorrer de situações convencionalmente lidas como brutais: abuso sexual, outros tipos de violência física, acidentes etc. Às vezes, esses traumas surgem de situações mais cotidianas que nos afetam de maneira negativa e profunda, se tornando uma marca em nosso modo de viver.
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Sendo assim, traumas psicológicos são acontecimentos muito comuns. Estima-se que 90% da população mundial já sofreu um evento potencialmente traumático ao longo da vida impedindo seu bem-estar de alguma forma.
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Olha só algumas faces comuns do trauma:
Traumas de infância não são exclusivamente resultado de ter sido abusado, eles são mecanismos de defesa que também decorrem de...
● Ter sido deixado para "cuidar de si mesmo" quando você precisava de proteção e segurança.
● Ter seus sentimentos invalidados e negados sempre que você buscava apoio.
● Ser forçado a “se acalmar” sozinho e a encontrar uma fuga da sua realidade dolorosa (Ex.: videogame).
● Ter que esconder o seu “verdadeiro eu” porque ele não era aceito por aqueles que você desejava que entendessem.
● Seus pais ou cuidadores priorizarem eles mesmos (ou seus trabalhos) acima de você.
● Sentir que você deveria competir ou provar a si mesmo para receber o amor e a atenção que você buscava.
Texto parcialmente traduzido do perfil @realdepressionproject no Instagram.
Imagem: Kat Jayne