Afrodite é a deusa grega que representa o amor enquanto força da natureza, marcado pela atração, pelo que chamamos de paixão.
Sabe aquele tipo de sentimento que costuma estar no início dos relacionamentos amorosos? Quando a pessoa te olha o coração bate mais rápido, o estômago embrulha (as famosas “borboletas na barriga”) e você começa a sorrir de um jeito diferente?
A instabilidade é uma das marcas da paixão: “será que ele(a) vem?”, “será que realmente sou correspondido(a)?”, “será que vai dar certo?”, “vai ser pra vida toda?”. São todas essas dúvidas que compõem o delicioso sentimento de “Tenho valor! Quem eu escolhi, me escolheu também”.
Mas quando a relação vai se prolongando as pessoas costumam substituir as velhas idealizações de “essa pessoa é perfeita para mim” por outra ilusão, a de que essa pessoa já ficou repetitiva, e o relacionamento “caiu na rotina”. A sensação é de que a subjetividade do outro, aquela que causava arrepios de aventura e mistério, foi completamente dominada: “Não há nada de novo nessa pessoa. Conheço ela como a palma da minha mão e ela é assim. Gosto dela, mas não consigo mais sentir atração. Acho que o amor acabou”.
Talvez não tenha sido o fim do amor, e sim do sentimento da paixão, que detesta a ideia de estabilidade.
Mas se você pensar bem: não há estabilidade.
Nunca é possível dizer que conhecemos 100% de uma pessoa, qual será seu próximo passo ou explorar todo o conteúdo emocional e mental que circula em seu mundo interno.
Às vezes, quando concluímos que um relacionamento caiu na rotina estamos apenas utilizando um mecanismo de defesa que faz bem ao ego:
“Neutralizar a complexidade do outro nos proporciona uma espécie de alteridade administrável. Estreitamos nosso parceiro, ignorando ou rejeitando partes essenciais quando elas ameaçam a ordem estabelecida de nossa parceria. Também nos reduzimos, descartando grandes blocos de nossa personalidade em nome do amor”.
Esther Perel
O segredo de Afrodite é relembrar a complexidade do outro ser e entender que tem sempre mais a ser descoberto, mesmo que o seu relacionamento já dure cinco décadas. Afrodite reverencia a complexidade do outro e se interessa genuinamente por ela.
Encontre o desconhecido e misterioso no familiar, conhecido e corriqueiro.
Isto é deixar de ver a esposa ou o marido, e enxergar a mulher e o homem que estão ali em sua totalidade.
Tire-os de contexto. Quantas coisas você não sabe sobre aquela pessoa e nem nunca vai saber? Essa é a sabedoria do arquétipo de Afrodite agindo.
A Inspira lançou O Livro de Afrodite - um guia arquetípico de encontro com a divindade de Afrodite que vive em seu interior. Metade livro, metade caderno de escrita terapêutica, contém 233 exercícios e textos reflexivos e instigantes para conversar com o seu inconsciente e fazer a sua Afrodite sair da concha.
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