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Amor-próprio: uma questão da infância

Dia #5 - Semana de Imersão em Afrodite

Este texto faz parte da Semana de Imersão em Afrodite, que aconteceu na nossa newsletter.


Oi, tudo bem?


Aproveita que hoje é sábado, ferve um café com calma, se ajeita para tomar café da manhã comigo e senta que lá vem história...


Hoje é dia de falar sobre amor-próprio! O item mais buscado do mercado e também o mais em falta.


Existe um ditado indiano que diz: cure o menino e o homem surgirá, cure a menina e a mulher surgirá... Enfim, cure a criança dentro de você que o adulto maduro e dono de si finalmente vai aparecer.


Atingir a maturidade em linguagem psíquica não tem nada a ver com atingir a idade legal para poder dirigir, sair da casa dos pais ou formar uma família. Tem a ver com entender quem você é, se aceitar por inteiro e topar bancar as consequências da sua própria liberdade.


É meio rabugento? Ok. Não tem vontade de fazer uma coisa que todo mundo fala que você deve fazer? Ok. Não engole aquela pessoa e acha que não tem que ser simpática com ela? Ok. É um pouco volúvel nas suas decisões? Ok também.

Isso é sobre amor-próprio.


Se amar não quer dizer passar horas no salão cuidando do cabelo. Pode ser também, mas o significado de se amar vai MUITO além da superfície dos nossos corpos.


A gente costuma relacionar sempre que problemas de autoestima tem a ver apenas com a aparência. É a primeira coisa que vem à cabeça. Mas essa é só a ponta do iceberg.


✨ O que fazer quando você acha que nada do que você fala interessa? Um voto de silêncio perpétuo?

✨ Como lidar com a impressão de que todos se afastam de você porque você é “difícil demais”? Compra uma ilha deserta e vai morar lá?

✨ O que fazer quando o seu jeito de ser mulher ou de ser homem não cabe na padronização inventada da feminilidade/masculinidade? Desistir de ser quem você é?

✨E quando você pensa que não é bom em nada que faz? Para de tentar?


Esses são problemas profundos com relação à imagem que fazemos de nós e, aos poucos, eles vão nos autodestruindo.


Mas existe uma possibilidade de cuidar disso! E inclusive já falamos dela no início desse e-mail: cure a criança que você foi.


Tenha você uma família maravilhosa ou não, quando a gente é criança passamos por um processo educacional que diz o que se pode fazer e o que não se pode fazer. Muitas dessas regras variam de casa para casa.


Mas é sempre igual, quando fazemos alguma coisa que é considerada “errada”, a mensagem que costuma chegar é a de que não somos dignos do amor do nosso pai, mãe ou cuidador.


Afinal, eles estão brigando com a gente, nos expulsando daquele paraíso tão gostoso de calmaria que só quem consegue manter são as crianças extremamente obedientes.


Acontece que isso também tem um preço. Essa obediência toda acaba silenciando a própria personalidade em nome do modelo perfeito que os pais estão pedindo.


E é normalmente nesse mesmo ponto que a gente começa a perder o feeling. “Faço isso ou não pode?”, “Para que vou expressar isso se vai vir tiro, porrada e bomba pro meu lado?”, “Será que isso que eu fiz realmente é uma coisa boa? Vou esperar minha mãe/pai dizer o que achou”, “Se eu fizer tal coisa, acho que vão me abandonar”.


Mais tarde, esse feeling perdido é o que a gente vai chamar de autonomia, autoconfiança, autoestima.


Esse combo é o famoso poder pessoal. Porque poder mesmo é poder ser quem você é.


Amor-próprio é investir a sua energia libidinal (lembra do nosso Dia 2?) em você mesmo. Na opinião de Freud, isso faz parte do desenvolvimento de qualquer pessoa, pois contém aí um ímpeto de autoconservação.


Para Jung, esse processo faz parte do que ele chama de individuação, um processo de integração da consciência, e fala de autenticidade, à medida que você se diferencia dos demais e descobre quem você é de verdade.


Então vamos de exercício para recuperar a estima por você mesmo?

Faça uma lista de todas as coisas que você lembra de ter ouvido quando criança que invalidaram seu comportamento, seus quereres, sua livre expressão, sua aparência e suas capacidades de fazer as coisas. Será que essas crenças não reverberam até hoje?

Amanhã eu volto com mais.


Mil abraços e que você possa simplesmente se amar! 🧡


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