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Só aquilo que somos realmente tem o poder de nos curar

Atualizado: 12 de ago. de 2021




A frase que dá título a esse artigo é do médico suíço e fundador da Psicologia Analítica Carl G. Jung.


O que ele quis dizer com isso?


Na origem da maioria das neuroses está a seguinte situação, trata-se de um problema de identidade: estamos vivendo a vida dos Outros.


Outro com O maiúsculo, aquele que não precisa ser reduzido a uma pessoa específica (ainda que possa ser). Esse Outro é, na verdade, uma ideia do que outras pessoas esperam de nós.


Se vou a um evento, pergunto “que tipo de roupa devo usar?”; se busco diversão, é mais fácil seguir a festa do momento do que inventar a roda e correr o risco de ser o esquisitão que se diverte de uma maneira “bizarra”; se minha opinião é solicitada, verifico a tônica dos espectadores para não correr o risco de pensar “do jeito errado”; se é hora de escolher uma profissão, deixa primeiro eu olhar o catálogo das ocupações do futuro, aquelas que dão “garantia” (será que isso existe?) de dinheiro certo.


Estamos submetidos e coniventes à uma ditadura silenciosa, que nos alivia da responsabilidade de fazer escolhas (e da vergonha das más escolhas) e nos deixa fazer parte do clubinho, o que dá aquela sensação de conforto e proteção. Mas também nos priva do prazer de ser quem realmente somos, e às vezes nem é tão difícil assim saber o que somos: há sempre uma vozinha em segundo plano mostrando o que faz o seu coração bater mais forte.


Silenciar essa voz gera uma vida repleta de angústia. Livrar-se do Outro é impossível. O que fazer, então?


O remédio é separar no seu conteúdo interno aquilo que realmente é seu e o que você pegou emprestado do Outro. Para o filósofo Martin Heidegger, apenas quando buscamos “ser-si-mesmo” é que conseguimos fazer um furo no Outro e modificá-lo por dentro, como uma implosão.


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Arte: “Comedy” (detalhe), Pierre Charles Trémolières

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