Marilyn Monroe é uma mulher Afrodite?
Quando se fala em Afrodite, a imagem de Marilyn Monroe não demora muito a vir à tona.
Símbolo de sensualidade e encanto, musa de artistas e dona de uma vida amorosa movimentada, a imagem da atriz atravessou décadas e se tornou um ícone.
Mas Marilyn é o exemplo de alguém que vive o arquétipo de Afrodite?
A conclusão à qual chegamos é de que sim, e não.
A diferença entre arquétipo e estereótipo⠀
Essa atriz inesquecível nos ajuda a entender as diferenças entre viver um estereótipo - isto é, um modelo sólido construído socialmente de quem você deve ser, em que não há espaço para autenticidade - e compreender um arquétipo - conteúdos organizados que traduzem a natureza humana, sempre abertos para que possamos dar a nossa própria assinatura. Na publicação "O que é um arquétipo?" explicamos tudo sobre isso.
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Com o tempo, a Indústria Cultural se apropriou daquilo que somos, misturou seus próprios ingredientes e nos ofereceu de volta, como se fosse algo nosso. Nesse ponto, não sabemos mais distinguir quem somos e o que é deles, o que é de interesse dentro de uma lógica comercial.
Ficamos sem saber onde termina a influência da mídia e onde começa nosso verdadeiro desejo e nossas perspectivas mais fundamentais sobre as coisas.
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E nessa vamos nos desconectando de nós mesmos, passando a achar que o erro está em nós. Não está!
O caso Marilyn Monroe
A compreensão verdadeira da imagem arquetípica de Afrodite, aquela que permitiria que a verdadeira face de Marilyn aparecesse, lhe era negada: seu apreço pela literatura, seu trabalho como poetisa e sua natural curiosidade e sensualidade foram apagados.
Só havia espaço para a loira bela e promíscua. Com uma sensualidade fabricada ao gosto da indústria.
Seus produtores a obrigavam a encenar uma imagem estereotipada da Deusa por período integral. Não sobrava espaço para a espontaneidade. Nesse rompimento, há um deslocamento entre a mulher real e a personagem construída artificialmente.
De Marilyn era exigido que agisse em permanente sedução, para conquistar e reconquistar o público sem cessar. A necessidade de agradar a qualquer custo lhe roubou seu corpo, sua vida privada e seu comportamento e a levou a caminhos de vícios e de autodestruição.
O que podemos aprender?
Os estereótipos criados pela mídia e reforçados como um padrão de ser silenciam a voz da nossa essência.
Lembrar do arquétipo, não é reforçar a inadequação e a busca de um ideal, é lembrar da sua própria liberdade de escrever a sua história. Por isso devemos estudar os arquétipos, para retomarmos nosso poder de ser quem somos.
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